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Educação do Campo

Publicado: Quarta, 17 de Agosto de 2022, 07h00 | Última atualização em Segunda, 05 de Fevereiro de 2024, 15h42 | Acessos: 349
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No dia 08 de junho de 2021, O PRESIDENTE DO CONSELHO SUPERIOR DO INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DO PARÁ, reconduzido através do Decreto Presidencial de 31 de julho de 2019, publicado no D.O.U. de 1º de agosto de 2019, seção 2, página 1, no uso de suas atribuições legais e considerando o disposto no processo administrativo nº 23051.014033/2020-47, resolveu convalidar a Resolução IFPA/CONSUP - Nº 373/2021, de 08 de junho de 2021, que aprovou, ad referendum, a atualização do Projeto Pedagógico do Curso de LICENCIATURA EM EDUCAÇÃO DO CAMPO, na modalidade presencial, ofertado no âmbito do Campus Santarém, deste Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Pará, conforme deliberação na 72ª Reunião Ordinária do Conselho Superior, realizada no dia 23 de junho de 2021. Conforme PPC do Curso serão ofertadas anualmente 40 (quarenta) vagas em regime de Alternância Pedagógica para a formação em regime integral.

A Educação do Campo no Brasil mantém relação estreita com o histórico de luta e resistência dos trabalhadores rurais. Trata-se, segundo Caldart (2012, p. 259), de “afirmar a luta por políticas públicas que garantam aos trabalhadores do campo o direito à educação, especialmente à escola, e uma educação que seja no e do campo”.  Os primeiros esforços nessa direção remontam à I Conferência Nacional para Educação Básica do Campo, de 1998, articulada pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Na ocasião, foram discutidos de forma mais sistemática os desafios e as necessidades de uma educação diferenciada nas escolas do campo. O Objetivo do Curso é formar professores para exercer a docência nas séries finais do Ensino Fundamental, no Ensino Médio e na Educação de Jovens e adultos nas escolas do campo, com Habilitação em Língua Portuguesa, Língua Inglesa e suas Literaturas.

Considerando as particularidades e especificidades dos sujeitos do campo, público-alvo prioritário para ingressar no Curso de Licenciatura em Educação do Campo, as disciplinas poderão ser ministradas de forma condensada, em blocos de duas ou de uma a uma a cada Tempo Acadêmico, a depender da disponibilidade do quadro de professores em cada semestre. O curso está organizado em oito semestres letivos (regime semestral), totalizando quatro anos de curso, e a integralização deverá ocorrer com o tempo mínimo de quatro anos (48 meses), e no tempo máximo de até seis anos, (72 meses), 50% a mais que o tempo mínimo de formação.

Para o ingresso no curso de Licenciatura em Educação do Campo, o candidato deverá ter concluído o Ensino Médio. De acordo com o Regulamento Didático–Pedagógico do Ensino do IFPA, quando se tratar de cursos voltados para a Educação do Campo, das Águas e da Floresta, a forma de ingresso será prioritariamente através da “Realização de Processo Seletivo classificatório, por meio de edital, para candidatos egressos do ensino médio ou superior”. Este regimento legitima a realização de processo seletivo classificatório por meio de edital para o curso de educação do campo. Dessa forma, o ingresso no curso de Licenciatura em Educação do Campo será por processo seletivo determinado em edital específico.

O Curso se propõe a formar educadores e educadoras para a docência multidisciplinar em escolas do campo na área de Linguagens. Serão garantidos, ao longo dos quatro anos de formação docente, conteúdos que contribuam significativamente para o exercício da docência nas escolas do campo, referente aos anos finais da Educação Fundamental e no Ensino Médio, a fim de edificar, conforme o Art. 8 da Resolução CNE/CP nº2/2015. as seguintes competências:

  • Atuar com ética e compromisso com vistas à construção de uma sociedade justa, equânime, igualitária;
  • Compreender o seu papel na formação dos estudantes da educação básica a partir de concepção ampla e contextualizada de ensino e processos de aprendizagem e desenvolvimento destes, incluindo aqueles que não tiveram oportunidade de escolarização na idade própria;
  • Trabalhar na promoção da aprendizagem e do desenvolvimento de sujeitos em diferentes fases do desenvolvimento humano, nas etapas e modalidades de educação básica;
  • Dominar os conteúdos específicos e pedagógicos e as abordagens teórico-metodológicas do seu ensino, de forma interdisciplinar e adequada às diferentes fases do desenvolvimento humano;
  • Relacionar a linguagem dos meios de comunicação à educação, nos processos didático-pedagógicos, demonstrando domínio das tecnologias de informação e comunicação para o desenvolvimento da aprendizagem;
  • Promover e facilitar relações de cooperação entre a instituição educativa, a família e a comunidade;
  • Identificar questões e problemas socioculturais e educacionais e atuar com postura investigativa, integrativa e propositiva em face de realidades complexas, a fim de contribuir para a superação de exclusões sociais, étnico-raciais, econômicas, culturais, religiosas, políticas, de gênero, sexuais e outras;
  • Demonstrar consciência da diversidade, respeitando as diferenças de natureza ambiental-ecológica, étnico-racial, de gêneros, de faixas geracionais, de classes sociais, religiosas, de necessidades especiais, de diversidade sexual, entre outras;
  • Atuar na gestão e organização das instituições de educação básica, planejando, executando, acompanhando e avaliando políticas, projetos e programas educacionais;
  • Participar da gestão das instituições de educação básica, contribuindo para a elaboração, implementação, coordenação, acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico;
  • Realizar pesquisas que proporcionem conhecimento sobre os estudantes e sua realidade sociocultural, sobre processos de ensinar e de aprender, em diferentes meios ambiental-ecológicos, sobre propostas curriculares e sobre organização do trabalho educativo e práticas pedagógicas, entre outros;
  • Utilizar instrumentos de pesquisa adequados para a construção de conhecimentos pedagógicos e científicos, objetivando a reflexão sobre a própria prática e a discussão e disseminação desses conhecimentos; e
  • Estudar e compreender criticamente as Diretrizes Curriculares Nacionais, além de outras determinações legais, como componentes de formação fundamentais para o exercício do magistério.

Dado o contexto particular da Educação do Campo, o Curso também terá por objetivo estimular a capacidade dos egressos de “promover diálogo” entre a comunidade na qual atuam e os demais grupos sociais sobre conhecimentos, valores, modos de vida, orientações filosóficas, políticas e religiosas, próprios da cultura local, além de atuarem como agentes interculturais para a valorização e o estudo de temas específicos relevantes as suas comunidades (Resolução CNE/CP nº2/2015, p. 8).

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